Iguaí: Projeto de Lei 011/2016 é retirado, após pressão popular

Profissionais em Educação e cidadãos iguaienses compareceram à sessão da Câmara Municipal de Vereadores de Iguaí, realizada hoje (08), às 9:00 h, para acompanhar a votação do “Projeto de Lei 011/2016, visando autorizar o Chefe do Poder Executivo Municipal [Murilo Veiga Vieira] proceder a abertura de Crédito Adicional Especial no valor de R$ 28.760.00,00 (vinte e oito milhões, setecentos e sessenta mil reais)”. Esta quantia é referente aos precatórios do FUNDEF, que os municípios estarão recebendo até o final deste ano.
Ao iniciar a sessão, após a aprovação da ata da sessão anterior, que não foi lida, foi solicitado ao vereador Luiz Cunha que fizesse uma oração, o que foi feito muito rapidamente, causando, inclusive, surpresa aos presentes, que nem perceberam o ocorrido. Logo a seguir, o presidente da Câmara Municipal, o vereador Ademar Chaves Rios (Dema Rios), declarou que o Projeto 011/2016 havia sido retirado da pauta da sessão de hoje (08) e que seria melhor analisado pelos vereadores. Não tendo nenhuma ordem do dia, foi lido o ofício de solicitação da Diretora da APLB Sindicato, Rosânia Vieira, sendo concedida a palavra logo a seguir.
O município de Iguaí receberá um total de 50.254.317,02 (cinquenta milhões, duzentos e cinquenta e quatro mil, trezentos e dezessete reais e dois centavos) referentes aos precatórios do FUNDEF, segundo declarou a Diretora da APLB Sindicato, Rosânia Vieira, durante a sua fala na Câmara de Vereadores. Ela também foi enfática em dizer que esses recursos têm 60% que devem ser destinados aos professores. Solicitou, ainda, uma audiência pública ou reunião com entidades da educação para discutir sobre a destinação dos recursos.
Ao concluir os 10 minutos cedidos para a sua fala, a palavra foi franqueada aos vereadores, sendo usada por Ranulfo Moreira, Nenem de Marotinho, Zezinho de Itagibá e Sabino Chaves. O público estava bastante eufórico e não se conteve com aplausos e vaias, a depender da fala do edil.
A sessão foi encerrada, mas o povo ocupou a Praça Manoel Novaes, onde a Diretora da APLB continuou a sua fala, interrompida durante a sessão por causa do tempo cedido, falando da realidade da educação no município e da necessidade de fiscalização dos recursos oriundos dos precatórios do Fundef. No meio da sua fala, o vereador Luiz Cunha compareceu e comunicou que a Câmara havia decidido que os professores teriam direito aos 60% referentes aos precatórios do Fundef. Rosânia Vieira continuou o seu pronunciamento, encerrando logo a seguir.
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Por José Carlos Assunção Novaes