Atos acontecerão em todo país no dia da votação contra Temer

Dia 2 de agosto, data em que ocorre a votação da denúncia contra o presidente golpista Michel Temer (PMDB) na Câmara dos Deputados, atos serão realizados nas principais capitais do país. O intuito é levantar a bandeira das “Diretas Já” e pressionar os parlamentares a não apoiarem o presidente.
Os atos são organizados pela Frente Brasil Popular, articulação composta por movimentos sociais. Além de focar na saída do presidente golpista, a manifestação vai dialogar com a população sobre a aposentadoria, única reforma que ainda não passou no Congresso. Para as lideranças que compõem a Frente, é fundamental que as atividades para conscientizar a sociedade sobre o impacto da reforma da previdência sejam retomadas.
Em São Paulo, o ato foi batizado de “Vigília pelo Impeachment de Temer” e tem concentração a partir das 15 horas, na Avenida Paulista. No Rio de Janeiro, também será feita uma vigília no centro da cidade. Em Brasília, a manifestação será em frente ao Congresso Nacional. A concentração está marcada para 17 horas. Telões deverão ser colocados para que a população, nas ruas, possa acompanhar o voto de cada um dos parlamentares.
Ontem (1º), os líderes de oposição na Câmara se reúnem para definir a estratégia comum de atuação durante a votação. “O governo Temer está acabado, não se sustenta, mas precisamos avaliar e definir uma ação comum para essa votação”, afirmou o líder do PT na Câmara, deputado Carlos Zarattini.
O líder explicou que a oposição trabalha com duas alternativas. A primeira é participar da sessão, registrando presença e provocando o desgaste da base do governo, que terá que defender o “golpista” Temer, denunciado pela Procuradoria-Geral da República por corrupção passiva. “O deputado terá que mostrar a sua cara, anunciar o seu voto no microfone e, arcar com desgaste perante a sua base”, afirmou.
Zarattini avalia que nesta alternativa, por causa da pressão popular, vários parlamentares da base de sustentação do governo poderão votar a favor do prosseguimento do processo contra Temer.
A outra estratégia, explicou o líder do PT, é estar na Casa, mas não registrar presença, dificultando o quórum necessário de 342 deputados para abrir a votação. “Desta forma, vamos postergar a apreciação do processo e ampliar o desgaste de um governo fracassado, que lamentavelmente tem uma política econômica que ampliou o desemprego e afundou o Brasil”.
Por ENFPT