Luta contra o doping exige integração e envolve quatro vertentes
Educação, detecção, investigação e excelência de laboratórios são citados por especialistas como decisivos para o combate ao uso de substâncias proibidas. Conferência das partes, em Paris, segue até esta terça (26.09)
A educação como ferramenta para prevenir novos atletas de cair na tentação de buscar atalhos para conquistar resultados. A detecção de casos com agilidade e precisão para que todos saibam que transgressões são passíveis de punição. A existência de investigações independentes para garantir que não há tolerância com ações ilegais de atletas, modalidades, confederações ou estados nacionais. E a excelência de qualidade técnica dos laboratórios de coleta e análise para que os resultados sejam encarados com credibilidade, sem chance de manchar indevidamente o currículo de esportistas.
Essas quatro vertentes são as principais áreas de discussão no trabalho contra a dopagem esportiva, reforçadas durante a Conferência das Partes, em Paris. O evento, realizado na capital francesa a cada dois anos, reúne nesta segunda-feira representantes dos países signatários do Código da Agência Mundial Antidopagem (Wada), além de integrantes de agências de controle de doping e observadores internacionais.
O quarteto de vertentes, entretanto, só funciona se houver integração entre as diversas “engrenagens”. “A luta contra o doping exige envolver todos os elos: países, Unesco, Wada, uma governança global e participação de entidades como Interpol e comitês olímpicos e paralímpicos”, afirmou o assessor do diretor geral da Unesco, Genashew Engida, na abertura do evento na sede principal da Unesco na França. “A presença de mais de 300 países e entidades aqui mostra a abrangência desta conferência”, completou.
Por Gustavo Cunha / Rede do Esporte