Após 11 anos, Brasil chega à final por equipes no Mundial de Ginástica Artística
Flávia Saraiva e Jade Barbosa também se qualificaram para finais individuais no Qatar
A seleção brasileira feminina conseguiu o quinto lugar na classificatória do Mundial de Ginástica Artística Doha 2018, neste domingo (28.10), no Qatar, e volta a uma final por equipes após 11 anos, repetindo o feito do Mundial de 2007, em Stuttgart, na Alemanha. Flávia Saraiva, no individual geral e no solo, e Jade Barbosa, no individual geral, também passaram às finais.
Flávia, Jade, Rebeca Andrade, Lorrane Oliveira e Thaís Fidélis somaram 162,529 pontos e ficaram atrás apenas dos Estados Unidos, Rússia, China e Canadá. O Brasil ficou à frente de tradicionais candidatados ao pódio, como Japão, França e Alemanha, que completam as oito equipes finalistas. A Grã-Bretanha, bronze no Mundial de equipes de 2015, ficou em nono e não se classificou. A final feminina por equipes está marcada para 10h (de Brasília) desta terça-feira (30.10). As finais individuais, masculinas e femininas serão de 31 de outubro a 3 de novembro, sempre começando às 10h.
A passagem para a final garante a participação do Brasil no Mundial de Stuttgart em 2019, quando nove vagas olímpicas nas equipes serão decididas – os três primeiros classificados para os Jogos Olímpicos Tóquio 2020 saem do pódio em Doha.
Flávia avançou para a final do individual geral na nona colocação, pois são considerados os descartes e apenas duas ginastas por país podem participar das decisões individuais em cada aparelho. A nota total dela foi 53,999. Jade Barbosa se qualificou em 18º, com 52,733. As 24 melhores ginastas que se apresentaram na classificatória disputam as medalhas.
No solo, Flávia chega à final com a nota de 13,900, em quinto lugar – nos aparelhos específicos, apenas oito ginastas buscam o pódio. Nas barras paralelas assimétricas, Rebeca Andrade ficou como segunda reserva para a final, no 10º lugar com 14,333.
“Achei muito boa a minha performance geral, fiquei muito feliz. Claro que pretendo ir melhor na final, farei de tudo. Essa classificação mostra que, para as próximas apresentações, podemos melhorar bastante”, afirmou Flávia.
“Já tínhamos conquistado o quinto lugar uma vez, mas agora é um pouco diferente, pois sabemos que não fizemos hoje a melhor competição da vida. Ainda temos muito a melhorar. Na trave, por exemplo, somos mais firmes do que demonstramos na classificatória. Foi um quinto lugar, mas com quedas”, explicou Jade. “Certamente, na final a gente vai mostrar uma equipe diferente e mostrar o que fizemos nos treinos”, acrescentou a ginasta, que já obteve uma medalha de bronze no individual geral no Mundial de Stuttgart, em 2007.