Pelo novo levantamento, 32% dos entrevistados consideram o governo ruim ou péssimo. Em abril, esse índice era de 27% (em março, 24%, em fevereiro, 19%, e, em janeiro, 11%).

Na outra ponta, o percentual dos brasileiros que consideram o governo ótimo ou bom caiu a 32%. Em abril, esse percentual era de 35% (em março, 34%, em fevereiro, 39%, e , em janeiro, 49%).

Outros 32% dos brasileiros consideram o governo regular – esse índice era de 31% em abril (34% em março, 30%, em fevereiro, e 26%, em janeiro).

A nova pesquisa também mostra que 48% da população desaprova a maneira de governar do presidente: esse índice era de 40% em abril. E 46% dos brasileiros aprovam o modelo de gestão, enquanto esse índice era de 51% em abril. A pesquisa também mostra que 51% dos brasileiros não confiam no presidente. Esse índice subiu 6 pontos, era de 45% em abril. Em contrapartida, 46% da população confia no mandatário.

Segundo o Ibope, a região Sul se consolida como a de maior popularidade de Bolsonaro, e é a única em que mais de 50% avalia o governo como ótimo ou bom: o índice é de 52%. Na região Nordeste, onde a oposição é mais forte, subiu de 40% para 47% o número de brasileiros que consideram o governo ruim ou péssimo.

Entre as mulheres, 39% aprovam e 54% desaprovam o presidente, enquanto entre os homens 54% o aprovam e 42% desaprovam.

Por outro lado, a maioria da população considera o governo Bolsonaro melhor que o seu antecessor: 47% avaliam que a atual gestão é melhor que a do ex-presidente Michel Temer, enquanto 33% avaliam que é igual.

A pesquisa também mostra que 39% dos entrevistados acreditam que o restante do governo será ótimo ou bom, enquanto 27% creem que será regular, e 29% acreditam que será ruim ou péssimo.

Setores

A segurança pública, sob a tutela do ministro da Justiça, Sergio Moro, é a área com a maior taxa de aprovação pelos brasileiros: 54% aprovam a atuação do governo nesse segmento, enquanto 43% desaprovam.

Em contrapartida, 54% desaprovam a atuação na área de educação, enquanto 42% a aprovam. O percentual de desaprovação na área de educação subiu 10 pontos percentuais, de 44% na pesquisa anterior para os atuais 54%.

“Eu diria que as manifestações ainda estão muito fortes na memória dos brasileiros. Tudo indica que o grande fator que trouxe a redução da popularidade do presidente foi o que aconteceu nessa discussão toda de cortes na área de educação”, analisou o gerente-executivo de pesquisa da CNI, Renato da Fonseca.

Fonseca também atribui o resultado na área de segurança pública à credibilidade de Moro no comando da pasta junto a esses eleitores, e, simultaneamente, à publicação dos decretos das armas.

Depois da segurança pública, a área de gestão do governo com maior taxa de aprovação é o meio ambiente (46%), enquanto 45% a reprovam. Em todos os demais segmentos a reprovação é maior que a aprovação.

As ações do governo para o combate à inflação – uma das bandeiras de campanha de Bolsonaro – têm 49% de desaprovação e 45% de aprovação.