George e André perdem quatro match points, caem nas quartas e Brasil se despede do Mundial

As oito duplas nacionais foram eliminadas do principal torneio da modalidade em 2019, disputado na Alemanha. No feminino, título ficou com as canadenses Melissa e Pavan
A participação brasileira no Mundial de vôlei de Praia 2019, em Hamburgo (ALE), chegou ao fim na manhã deste sábado (06.07). Última das oito duplas brasileira que ainda tinha chances, André e George (ES/PB), caiu nas quartas de final. Eles foram superados por Bourne/Crabb (EUA) por 2 sets a 1 (21/16, 15/21 e 15/17). No feminino, Fernanda Berti e Bárbara Seixas foi a dupla que chegou mais longe, também eliminada nas quartas.
André defendia o título conquistado em Viena (AUT), em 2017. A competição em Hamburgo foi o primeiro Mundial adulto de George. A parceria entre o capixaba e o paraibano, que é recente, é a mais jovem entre as quatro duplas brasileira que foram ao campeonato. Ao fim do jogo, André analisou o resultado para o futuro do time.
“Acho que faltou um pouco de calma, mais da minha parte, principalmente. Mostramos neste campeonato que temos poder de reação, mas os outros times também têm essa força, e hoje nós acabamos cedendo. Estávamos com a bola na mão para a semifinal, mas, independentemente disso, é o nosso primeiro Mundial juntos, foi o primeiro do George no adulto, temos só três meses de parceria. É um torneio que todos querem vencer, mas temos um foco maior, estamos no meio de uma corrida olímpica e o resultado aqui foi importante para a gente”, comentou André.
Para George a eliminação foi mais um aprendizado para a jovem dupla. “Tínhamos dois pontos do jogo com nossa virada de bola, poderíamos ter fechado, mas eles fizeram um bom trabalho. Isso faz parte. Eles formam um time de muita qualidade. Vamos continuar crescendo como um time. Cada jogo é um aprendizado para nós, ainda temos muito para nos desenvolver”, disse George.
Primeira vez sem pódio
Somando os naipes masculino e feminino, o Brasil acumula 12 medalhas de ouro, nove de prata e dez de bronze nas 11 edições anteriores do Mundial. Um total de 31 pódios, no topo do quadro de medalhas entre os países. A edição de 2019, contudo, tornou-se a primeira, desde que o torneio foi realizado pela primeira vez, em 1997, em que o Brasil saiu sem pódios. O Mundial é o principal torneio da temporada 2019, com premiação total de 1 milhão de dólares (500 mil para cada naipe) e a maior pontuação ao ranking da temporada.
Após a realização do Mundial, que termina neste domingo (07.07), o circuito segue na Europa. Na próxima semana, Gstaad, na Suíça, recebe uma etapa cinco estrelas da temporada. O Brasil terá a participação das 10 duplas (cinco em cada naipe), que disputam a Corrida Olímpica.
Canadenses campeãs, russos na final
No feminino, o título mundial ficou com a parceria canadense entre Melissa e Pavan. Elas derrotaram na decisão as americanas Klineman e Ross por 2 sets a 0, com parciais de 23/21 e 23/21. O terceiro lugar ficou com as australianas Clancy e Artacho, que bateram as suíças Betschart e Hüberli por 2 a 0 (21/18 e 22/20).
No masculino, os russos Krasilnikov e Stoyanovskiy conquistaram a vaga para a final ao baterem os americanos Bourne e Crabb por 2 a 1, com parciais de 21/13, 19/21 e 15/11. Eles aguardam o desfecho da partida entre os noruegueses Mol e Sorum e os alemães Thole e Wickler, que se enfrentam ainda neste sábado, para conhecer os adversários na decisão, agendada para 9h (de Brasília) deste domingo.
CORRIDA OLÍMPICA BRASILEIRA:
Masculino
Evandro/Bruno Schmidt – 3440 pontos
Alison/Álvaro Filho – 2580 pontos
Pedro Solberg/Vitor Felipe – 2480 pontos
André/George – 2440 pontos
Guto/Saymon – 960 pontos
Feminino
Ana Patrícia/Rebecca – 3540 pontos
Ágatha/Duda – 3380 pontos
Maria Elisa/Carol Solberg – 2560 pontos
Fernanda Berti/Bárbara Seixas – 2120 pontos
Taiana/Talita – 2080 pontos
Por Rede do Esporte