Técnicos brasileiros analisam grupos das seleções de vôlei nos Jogos de Tóquio 2020
Renan e José Roberto Guimarães comandam as seleções do Brasil na busca pela quarta medalha de ouro no masculino e a terceira no feminino
As Seleções Brasileiras feminina e masculina de vôlei já conhecem os adversários da primeira fase dos Jogos Olímpicos de Tóquio, no Japão. No feminino, a equipe comandada pelo treinador José Roberto Guimarães estará no grupo A ao lado da Sérvia, do Japão, da Coréia do Sul, da República Dominicana e do Quênia. No masculino, o time liderado pelo técnico Renan Dal Zotto fará parte do grupo B ao lado dos Estados Unidos, da Rússia, da Argentina, da França e da Tunísia. Os grupos foram oficializados na sexta-feira (31) pela Federação Internacional de Voleibol (FIVB).
A competição de vôlei nos Jogos Olímpicos de Tóquio começa no dia 25 de julho, com o masculino. No dia seguinte, é a vez do feminino. A final entre os homens está marcada para o dia 8 de agosto e a feminina para o dia 9. O Brasil é o atual campeão e busca a quarta medalha de ouro no masculino. No feminino, o time verde e amarelo luta pelo terceiro título olímpico.
Nos Jogos Olímpicos, as seleções se enfrentam dentro dos seus respectivos grupos e as quatro mais bem colocadas em cada chave passam para as quartas de final.
Os outros grupos nos Jogos Olímpicos ficaram divididos da seguinte maneira. No feminino, o grupo B será formado por China, Estados Unidos, Rússia, Itália, Argentina e Turquia. No masculino, a chave A tem Japão, Polônia, Itália, Canadá, Irã e Venezuela.
O treinador da seleção feminina, José Roberto Guimarães, fez uma análise sobre o grupo do Brasil nos Jogos Olímpicos de Tóquio. “Estamos em um grupo equilibrado. A outra chave no papel é mais forte, mas isso também gera um cruzamento muito difícil nas quartas de final. No nosso grupo, a Sérvia é a atual campeã mundial e uma das melhores equipes do mundo, o Japão vai jogar em casa, a Coréia do Sul e a República Dominicana evoluíram bastante ao longo deste ciclo olímpico e o Quênia também cresceu como equipe”, disse José Roberto Guimarães, que ainda falou da sua expectativa a competição no Japão.
As partidas serão na Ariake Arena, construída especialmente para os megaeventos na Zona Norte do distrito de Ariake, na capital japonesa. Com capacidade para 15 mil pessoas, a estrutura, segundo os organizadores, vai se tornar um centro cultural e esportivo no pós-Jogos.
O técnico da seleção masculina, Renan, também aposta em uma edição extremamente equilibrada e cita clássicos internacionais na primeira fase. “Estamos em um grupo fortíssimo e a classificação já está valendo a partir da primeira partida. Todo set vai fazer diferença para buscar a vaga nas quartas de final. Estamos atentos aos adversários do nosso próprio grupo, onde iremos enfrentar clássicos internacionais e onde não existem favoritos. Todos vão com o que têm de melhor e temos que chegar em uma condição ótima para buscar a classificação”, concluiu Renan.
Histórico consistente
No masculino, o Brasil chega com o status de atual campeão olímpico, título selado com uma vitória por 3 sets a 0 sobre a Itália na final dos Jogos Rio 2016, no Maracanãzinho. Mais do que isso, a seleção ostenta a tradição de estar em todas as finais olímpicas desde 2004, em Atenas. Na Grécia, conquistou o ouro, e em Pequim (2008) e Londres (2012) ficou com a prata. A história nacional no masculino conta ainda com a prata da geração que abriu as portas para o pódio do vôlei brasileiro, em 1984 (Los Angeles), e o primeiro ouro nacional, conquistado em 1992, em Barcelona, na Espanha.
No feminino, as meninas viveram uma enorme frustração em casa. Vinham de um bicampeonato olímpico, com os títulos de 2008 (Pequim) e Londres (2012), e chegaram muito cotadas ao tri nos Jogos Rio 2016. Depois de bela campanha na primeira fase, caíram diante da China nas quartas de final e ficaram fora do pódio. O histórico feminino no vôlei ainda conta com os bronzes nas edições de Atlanta (1996) e Sydney (2000).
No ciclo para Tóquio, a seleção passa por reformulação, e oscila apresentações de grande consistência com momentos de instabilidade. No Mundial de 2018, o time ficou com a sétima colocação. Já na Liga das Nações de 2019, teve uma bela campanha e ficou com o vice, superado na final pelos Estados Unidos por 3 sets a 2. No fim do ano, a equipe ficou com a quarta colocação na Copa do Mundo. O técnico José Roberto Guimarães tem tentado trabalhar com uma mescla de jovens talentos, como Lorenne e Paula Borgo, com figuras de referência, como as ponteira Gabi e Natália e a levantadora Macris.
O masculino tem conseguido se manter próximo do topo nas disputas internacionais. Nos últimos dois mundiais, a equipe chegou à decisão e perdeu para a Polônia na final. Na competição mais recente, a Copa do Mundo, disputada no Japão em outubro de 2019, o grupo foi praticamente perfeito: conquistou o título de forma soberana, com 11 vitórias em 11 jogos e um saldo de 33 sets a favor e apenas cinco contra.
Grupos de vôlei nos Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2020:
Feminino:
A – BRASIL, Japão, Sérvia, Coréia do Sul, República Dominicana e Quênia
B – China, Estados Unidos, Rússia, Itália, Argentina, Turquia
Masculino:
A – Japão, Polônia, Itália, Canadá, Irã e Venezuela
B – BRASIL, Estados Unidos, Rússia, Argentina, França e Tunísia
Por Confederação Brasileira de Vôlei