Índice nacional de desemprego é o maior dos últimos dois anos, diz IBGE
Resultado da pesquisa sobre mercado de trabalho brasileiro mostrou que em quase todos os estados a taxa de desemprego subiu no primeiro trimestre.
O IBGE divulgou na última quinta (07) a pesquisa mais completa sobre o mercado de trabalho brasileiro. E, pela primeira vez, com os resultados por estados. Em quase todos a taxa de desemprego subiu no primeiro trimestre de 2015. E o índice nacional foi o maior dos últimos dois anos.
Todo mundo sabe que para achar emprego tem que correr atrás. Mas o tamanho da caminhada depende do estado em que você vive. Santa Catarina é onde está mais fácil. Élida não teve problema para mudar de trabalho duas vezes nos últimos quatro meses.
“Eu fui desligada em um dia eu já mandei currículo e três, quatro dias depois eu fui chamada para fazer uma entrevista”, conta a supervisora comercial Élida Rasquinha.
Os catarinenses têm a menor taxa de desemprego do país: 3,9%. A maior está do outro lado do mapa: no Rio Grande do Norte. A segunda mais alta é na Bahia. Depois vem Alagoas e o Distrito Federal.
Juntando os resultados do país inteiro, o índice de desemprego no Brasil ficou em 7,9% no primeiro trimestre. Não chegava a esse patamar desde 2013.
São quase oito milhões de brasileiros à procura de trabalho. As mulheres e principalmente os jovens de 18 a 24 anos são os que mais sofrem. Os salários também variam pelo país. E pela primeira vez o IBGE divulgou essas diferenças. Na comparação entre os estados, um trabalhador pode ganhar mais que o triplo do que o outro.
Roraima tem a terceira maior renda do Brasil. É proporcionalmente o estado com mais funcionários públicos. Em segundo lugar na renda vem São Paulo, e em primeiro o Distrito Federal, onde o rendimento é de R$ 3.406. Isso é três vezes mais do que se ganha em média no Maranhão: R$ 945. A menor renda do Brasil.
“Está muito baixo mesmo o rendimento. De acordo com o que a gente trabalha aí fora e eu vejo muita isso aí”, afirma um homem.
No país o rendimento médio real dos trabalhadores ficou perto de R$ 1.840. Praticamente igual ao do início do ano passado.
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Por O Globo