Greve do INSS em SC chega ao 50º dia com 90% de adesão, diz sindicato
‘Houve adesão de cargos de confiança’, diz coordenador do Sindprevs/SC.
Reunião nesta quarta-feira (26) discutirá acordo para fim da greve.
A greve dos servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) em Santa Catarina completa 50 dias nesta terça-feira (25). De acordo com o coordenador estadual do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde e Previdência do Serviço Público Federal no Estado de Santa Catarina (Sindprevs/SC), Luciano Veras, mais 90% dos servidores aderiram ao movimento.
“Mais de 90% aderiram aqui em Santa Catarina. Houve adesão também dos gestores e de pessoas com cargos de confiança devido ao corte do ponto”, detalha Veras.
Nesta quarta-feira (26) está prevista uma reunião entre os grevistas e o Ministério do Planejamento para apresentação de uma proposta entregue por escrito nesta segunda.
“Não é o fim da greve, mas esperamos estar caminhando para isso”, afirmou Veras, que pretende participar da mesa de negociação. A greve começou em 7 de julho.
Na segunda-feira (24), servidores realizaram uma manifestação em Florianópolis tapando os próprios lábios, em protesto contra o corte de ponto e de salários de alguns servidores, sem que houvesse decisão judicial.
Agendamento
Todas as agências estão com atendimento afetado, mas muitos usuários estão agendando as visitas, conforme o comando de greve. Até a publicação desta reportagem não havia informações sobre quantas agências estão totalmente fechadas. O estado possui 63 agências e cerca de 3 mil funcionários do INSS.
Negociação
De acordo com a assessoria de comunicação do INSS em Brasília, após uma decisão liminar do Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinando que 60% dos servidores trabalhem nas agências enquanto durar a greve, números sobre a paralisação só são informados ao STJ. A assessoria de comunicação da Superintendência em Santa Catarina também não informou o balanço da greve no estado.
No entanto, no início de agosto o balanço nacional divulgado informava que 78% das agências do estado foram afetadas com a paralisação. Destas, 62% tinham atendimento parcial e 16% estavam totalmente fechadas.
Entre as solicitações dos funcionários estão a reposição da inflação nos salários, a realização de mais concursos públicos, a incorporação das gratificações ao pagamento fixo e carga horária de 30 horas para todos os servidores.
Agendamentos de atendimentos não são feitos presencialmente nas agências afetadas, informou o sindicato. Aqueles que já estavam marcados são realizados nas agências abertas. O órgão reforça que os usuários podem busca teleatendimento pelo telefone 135, que realiza as mesmas funções.
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Do G1