Marádida, de Cacau Novaes, será relançado por editora de Minas Gerais

O livro Marádida, de Cacau Novaes, publicado em 2002, através da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia pelo Selo Letras da Bahia, será relançado pela Editora Buriti de Minas Gerais.
O autor foi convidado para participar do catálogo da editora e já fechou contrato para a publicação do livro, que estará à venda em breve. Ainda não há data confirmada para o lançamento.
Segundo o autor, “A edição do livro estava esgotada e muitos amigos e leitores queriam adquirir um exemplar, mas isso era inviável. A partir da proposta da Editora Buriti, achei interessante reeditá-lo e disponibilizá-lo no mercado editorial novamente”.
Cacau Novaes estará lançando no mês de junho mais um livro inédito, “As Sandálias”, pela Editora Mondrongo, que já está em fase de acabamento. Toda a venda dessa obra será destinada ao Centro de Recuperação Razão de Viver de Ibicuí.
No ano passado, ele lançou “Os poetas estão vivos”, também pela Editora Mondrongo, e recebeu o “Prêmio Leonardo” do Instituto de Cultura Brasil Itália Europa, em Salvador, pela sua obra literária e, principalmente, pelo seu último livro “Os poetas estão vivos”, assim como por ter sido o primeiro Vice-presidente do ICBIE e ter contribuído por promover atividades culturais e ajudar na fundação da instituição.
No dia 28 de maio, o autor iguaiense estará recebendo o Troféu Cora Coralina e também sendo empossado como membro correspondente da Academia de Letras de Goiás (ALG), em uma cerimônia no salão do Hotel Augustus Plaza Inn na cidade de Goiânia (GO).
Marádida
Sobre o livro, a Fundação Cultural do Estado da Bahia, numa comissão formada por Adinoel Mota Maia, Aleilton Santana da Fonseca, Gerana Costa Dulamakis, Hélio Pólvora de Almeida, Mário de Macedo Calmon Bitencourt e Waldir Freitas Oliveira, deu o seguinte parecer:
Kafka, Proust? é difícil precisar a matriz ficcional a que filiar este texto. Essencialmente subjetivo, lembra pinturas modernistas que desafiam a leitura. A palavra Marádida, inventada pelo autor, significa “fantasia do irreal que se concretiza por instantes e depois só permanece em nossas mentes”. Uma visão fugidia e, entretanto, permanente de um lugar que poderia ser chamado de Shangri-Lá ou outro espaço ideal concebido pela imaginação. É para a mítica Marádida que se dirige o pensamento desse ficcionista, quando sonha ou quando a ele se junta a companheira dos momentos de amor. No entanto, encontra propósito, sem perturbar o curso da narrativa, para falar de suas reflexões e também para comentar problemas sociais, como, entre outros, o das favelas que circundam as grandes cidades. O texto é maduro e lírico, retórico e lúdico, original e com forte caráter pessoal, por isso mesmo invulgar.
…
Da Redação / Iguaí Mix