Paulo Paixão e o retorno especial à Seleção
O caráter amistoso e de homenagens do Jogo da Amizade entre Brasil e Colômbia, que será realizado nesta quarta (25), no Estádio Nilton Santos, às 21h45, também passa pela convocação do preparador físico Paulo Paixão. No trágico voo da Chapecoense, no dia 29 de novembro de 2016, estava o filho de Paixão, Anderson, preparador físico da equipe de Santa Catarina. Inspirado pelo pai, Anderson se destacava na função e viajava com o clube para Medellín para disputar a final da Copa Sul-Americana contra o Atlético Nacional. Paixão acredita que a atitude da CBF em homenagear o clube e ajudar os familiares é de enorme importância e representação .
– A entidade está sendo muito feliz. As pessoas que estão gerindo a CBF tiveram este discernimento e esta capacidade de realizar um ato como este. Homenagear um clube como a Chapecoense, que estava num momento lindo de sua história e acabou tendo esta fatalidade, onde acabei perdendo um ente querido e grandes amigos, é um ato de nobreza muito grande. É uma mistura de sentimentos: fico feliz pela lembrança que está sendo feita e triste por ter perdido tantas pessoas queridas, mas sei que amanhã será um momento lindo – concluiu Paulo Paixão, de 65 anos, com cinco Copas do Mundo no currículo servindo à Amarelinha.
Seleção Brasileira é a segunda casa para o preparador físico. Convocado pelo técnico da Seleção, Tite, Paixão realizou atividades junto com os atletas convocados no treino da última terça (24). Com a mesma desenvoltura apresentada nos anos em que esteve presente no comando técnico do Brasil, o preparador correu bastante e mostrou a disposição de sempre, marca registrada do profissional.
– Primeiro, estou na Seleção Brasileira. Independente se é uma convocação emergencial, devido ao que houve, eu vim aqui para viver este momento como sempre vivi durante estes anos e as cinco Copas que participei com o Brasil. Desde o primeiro minuto que pisei aqui estou aproveitando intensamente e eu só tenho a agradecer o pessoal da comissão técnica, do Tite e a direção da CBF por me terem feito este convite, porque eu entendo que a Seleção Brasileira é o ápice de qualquer profissional e, estando aqui, só posso estar feliz – afirmou.
Ser lembrado por Tite é motivo de orgulho para Paulo, que mostrou aos jogadores o quanto é importante fazer parte deste momento e se doar nos treinamentos.
– O Tite foi muito feliz e eles sabem que têm que viver 100% este momento que estão aqui, independente que sejam 48 horas, para que o treinador tenha uma opção lá na frente de, quem sabe, chamá-los de volta. Então, pude perceber que eles entenderam bem isso e, desde pequenos trabalhos até a parte tática, tudo que realizamos foi num volume muito grande e com uma intensidade imensa dos atletas, que entenderam o que é estar na Seleção Brasileira – disse Paixão.
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Por CBF