Off Road: Reinaldo Varela e Gustavo Gugelmin correm no deserto de Nevada

Depois do sufoco no México, brasileiros enfrentam difícil prova nos Estados Unidos
Um mês e meio após enfrentarem no México a corrida mais difícil de suas carreiras, os brasileiros Reinaldo Varela (Divino Fogão/Blindarte/Tecmin) e Gustavo Gugelmin disputam neste final de semana (12 e 14/5) outra prova para qualquer mãe ficar de cabelos mais brancos ainda. O piloto paulista e o navegador catarinense participam do Laughlin Desert Classic, conhecido como o Duelo do Deserto em Nevada, nos Estados Unidos.

(Foto: Divulgação)
“É um negócio diferente, muito difícil, mas gostoso. Estamos aprendendo, mas acho que podemos nos dar bem nesta prova”, opina Varela, Bicampeão Mundial e oito vezes Campeão Brasileiro de Rally Cross Country.
Depois que terminaram na quarta posição a Score San Felipe 250, disputada no Estado Baixa Califórnia, no México, em sua terceira participação em provas nos desertos norte-americanos, que são muito diferentes e duras, a dupla brasileira vai ter um up-grade em seu leve buggy. Ele terá um motor mais moderno limitado em 250 hp, tração 4×2 e câmbio sequencial de 6 marchas. Como as suspensões não tem limitação, elas terão nova dupla de amortecedores por roda, com curso mais longo, para que possam ignorar lombas, buracos e saltos.

(Foto: Divulgação)
“Nestas provas a gente ignora as lombas e vem voando, batendo pra tudo quanto é lado. Tem saltos, buracos, solavancos, trial, curvas, subidas, descidas. É uma corrida bem cansativa, pois o corpo não para de ser chacoalhado para todos os lados. E temos que ficar muito atentos, pois o piso vai piorando a cada volta com tanto carro passado, cavoucando o chão e fazendo mais costela de vaca”, observa o navegador Gustavo Gugelmin.
Com 130 inscritos entre protótipos, picapes e caminhões, a Laughlin Desert Classic terá quatro voltas de 16 milhas – aproximadamente 25,5 quilômetros – por dia, o que será um diferencial que poderá favorecer os brasileiros.
“Vai dar para ir conhecendo mais o circuito a cada volta e acostumando com o carro, que não estamos habituados. Ele tolera muito bem as dificuldades do trecho, então, vamos aprendendo a ler o terreno e ganhando confiança no equipamento. Acho que a partir da terceira volta já dá pra ir bem melhor”, confia Varela, que tem a bagagem de 362 corridas em quase 35 anos de carreira.
Por MasterMidia