Rafaela Silva sofre wazari no último segundo e perde na estreia no Mundial de Baku

Neste domingo (23.09), o Brasil terá três judocas em ação pela categoria meio-médio: Eduardo Yudy, Victor Penalber e a medalhista olímpica Ketleyn Quadros
Tudo indicava que a luta iria para o golden score, como é chamada a prorrogação no judô. Mas então, no último segundo, um golpe encaixado pela canadense Jessica Klimkait e que foi considerado um wazari pela arbitragem, selou o destino da campeã olímpica Rafaela Silva no Campeonato Mundial de Baku 2018.
Em sua oitava apresentação em Mundiais, Rafaela, única atleta do judô nacional a ter triunfado em uma Olimpíada e em um Mundial (foi campeã em 2013, no Rio de Janeiro), estava determinada a tentar mais uma medalha para o país no torneio disputado na capital do Azerbaijão. Na sexta-feira (21.09), o Brasil chegou ao primeiro pódio em Baku com o bronze de Érika Miranda na categoria meio-leve (-52kg).
Diante da canadense, toda a comissão técnica do Brasil já sabia que o desafio de Rafaela na estreia não seria fácil. Antes do duelo em Baku, a brasileira havia enfrentado Jessica Klimkait três vezes e tinha vantagem de 2 x 1. Rafaela havia vencido no Pan-Americano de 2016, em Havana, e no Grand Slam de Abu Dhabi de 2017. A canadense vinha de vitória recente contra a campeã olímpica, conquistada em abril deste ano, no Grand Prix de Zagreb, na Croácia.
Dona de um estilo agressivo, a canadense partiu para o ataque desde o início na luta disputada no National Gymnastics Arena, em Baku. As duas chegaram ao último minuto punidas com dois shidos (infração) para cada lado. O golpe aplicado no último segundo abalou a campeã olímpica, que deixou o tatame muito nervosa, claramente frustrada com o resultado.
Desde que conquistou o ouro no Rio, Rafaela foi eliminada na estreia em dois Mundiais seguidos, já que no ano passado também perdeu a primeira em Budapeste. Na verdade, esse é o terceiro Mundial em sequência que Rafaela acaba surpreendida na estreia, já que em 2015, antes das Olimpíadas, ela também foi eliminada precocemente em Astana, na Rússia. Antes disso, Rafaela acumulou dois quintos lugares (Chelyabinsk 2014 e Rotterdam 2009), uma prata (Paris 2011) e o ouro, no Rio, em 2013.
Rafaela Silva preferiu não conversar com a imprensa após a luta. Coube ao técnico da seleção brasileira feminina, Mario Tsutsui, fazer uma análise da participação da brasileira no Mundial de Baku.
Por Rede do Esporte