Halterofilista quebra recorde brasileiro duas vezes no Circuito Loterias Caixa
Maria D’Andrea é um dos destaques nacional na modalidade
A paulista Mariana D’Andrea (Aesa-Itu) quebrou duas vezes o recorde brasileiro de halterofilismo paralímpico, na categoria até 67kg, no último sábado (13.04). A primeira quebra ocorreu na segunda tentativa, quando ergueu 117 quilos, um a mais que o recorde anterior, também dela. Na terceira tentativa, levantou 119kg. A prova faz parte do Circuito Brasil Loterias Caixa, disputado na Universidade Positivo, em Curitiba.
Mariana colocou grande vantagem entre ela e suas concorrentes e ficou com o ouro na disputa. Viviane Silvestre (CFB) levantou 69 kg. Maria de Fátima de Castro (Adefa) fechou o pódio com 68kg erguidos.
Aos 21 anos, alcançou também outro recorde: o maior peso levantado no supino entre todas as categorias de peso do halterofilismo feminino no Brasil. Apesar da conquista, a ituana não se surpreendeu com o resultado. “Foi o que eu planejei fazer, treinei para levantar este peso. Estou muito orgulhosa de ter cumprido a minha meta”, explica.
Para Valdeci Lopes, técnico da Aesa-Itu e da Seleção Brasileira, o foco e a concentração nos treinamentos e competições são alguns dos diferenciais de Mariana. Em 2018, ela conquistou o ouro e estabeleceu o recorde das Américas júnior de sua categoria. Em março deste ano, ela também garantiu o lugar mais alto do pódio na Copa do Mundo de Dubai. “Mariana tem uma ótima estrutura física para o halterofilismo. Os braços, apesar de encurtados, são bem fortes, as mãos também. Ela tem o busto avantajado e é leve”, completa.
Na parte da tarde da competição, o campeão paralímpico Evânio Rodrigues (Aesa-Itu) venceu na categoria até 97kg ao levantar 196 kg. Ele ficou à frente de Rodrigo Marques (CDDU – Uberlândia) que ergueu 185kg e Vitor Afonso (Apan-RN) que levantou 166kg.
Esta é a segunda etapa nacional do halterofilismo no Circuito Brasil Loterias Caixa. A primeira ocorreu em João Pessoa, na Paraíba, em março. Curitiba também recebe as modalidades de atletismo e natação, que tem caráter regional (Rio-Sul), para cinco estados: Rio de Janeiro, Espírito Santo, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
Para nadadores e velocistas, esta é a última fase em que é possível alcançar os índices estabelecidos pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) e participar dos Campeonatos Brasileiros que se iniciam em maio.
Por Comitê Paralímpico Brasileiro