Salvador: Universitários desviavam recursos destinados a desabrigados das chuvas

A Delegacia de Crimes Econômicos e Contra a Administração Pública (Dececap) descobriu um esquema que desviava dinheiro do Fundo Municipal de Assistência Social (FMAS) destinado desabrigados das chuvas que atingiram Salvador.
A quadrilha era chefiada pelo gestor do fundo em Salvador, Thiago Santos Lima. O esquema fraudulento para desviar os recursos contava ainda com a participação de sete estudantes de medicina e um de fisioterapia da Universidade Federal da Bahia (Ufba).
A Semps, Secretaria Municipal de Promoção Social de Salvador, através de ofício enviado ao site Bocão News, divulgou o nome e o valor sacado por cada universitário que participou do esquema: Diogo Pimentel, Juliana Dias da Silva, Matheus Menezes Maron e Silva, Mike Alex Cardosos de Almeida, Rafael Britto Fernandes, Rodrigo Pimentel Santiago, Ronaldo Correia Fabiano Filho e Thiago da Silva Xavier.
Os estudantes, que não residem em área de risco, tiveram cadastros aprovados e o pagamento dos benefícios autorizados pelo FMAS e receberam o dinheiro, segundo informações da delegada de Crimes Econômicos e Contra a Administração Ana Carina Sampaio Guerra, que preside o inquérito. Eles receberam, cada um, R$ 3.000,00 (três mil reais). Com exceção de Juliana Dias Silva e Matheus Maron, os demais estudantes sacaram R$ 13.000,00 (treze mil reais).
A denúncia partiu da prefeitura de Salvador e a Polícia Civil cumpriu dez mandados, sendo um de prisão temporária para Thiago Santos Lima e nove de prisão coercitiva para os universitários que participaram do esquema, numa ação batizada de Operação Chuva, sendo que Thiago Santos Lima deve responder pelo crime de peculato.
De acordo com o site Metro 1, os estudantes publicavam diversos textos e mensagens contra a corrupção no país nas redes sociais, pedindo o fim da corrupção, o que foi constatado em um dos perfis do Facebook de um dos universitários acusados de desviar os recursos. Também havia uma mensagem em repúdio ao governo da presidente Dilma, citando uma suposta “exploração de mão de obra”.
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Da Redação / Iguaí Mix
Com informações do Bocão News e Metro 1