Sérgio Mattos: O top das tops…

Dono da Agência 40 Graus Models, Sergio Mattos afirma que, hoje em dia, as pessoas com mais curvas estão ganhando espaço no mercado
Nosso convidado deste domingo é um mago. Foi responsável por lapidar joias do mundo da moda e da TV. Por suas mãos, despostaram os galãs Cauã Reymond, Paulo Zulu e Márcio Garcia… Dono da Agência 40 Graus Models, Sergio Mattos afirma que, hoje em dia, as pessoas com mais curvas estão ganhando espaço no mercado.
Fale sobre você…
Baiano de Iguaí, mudei para o Rio em 1970. Fiz jornalismo na UFRJ e em 1982 ESPM como modelo e manequim. Já fui ator, produtor de moda, fotógrafo… Trabalhei como vendedor na badalada Yes Brazil, em 1986, e fui gerente em São Paulo de 1987 a 1988, quando fui convidado para ser scouter da primeira agência Elite no Brasil. Viajei o país descobrindo talentos e, atualmente, além da 40 Graus Models, eu faço workshops para new faces pelo Brasil…
O que mudou no modelo de passarela e publicidade?
Nos modelos de passarela, continua a tendência: ser magro, pernas compridas e estilo exótico! Já a modelo comercial pode ter curvas e ter um rosto fotogênico e expressivo.
As modelos com muitas curvas têm mercado?
As modelos com curvas estão em alta. Podemos ver nossa Anne de Paula bombando na ‘Sports Illustrated’!
Conte uma saia justa.
É quando você faz tudo para uma new face virar top e, depois da fama, te trocar por outro agente friamente!
Conte uma novidade.
Novidade bafo é que estou abrindo um escritório/estúdio/galeria em São Paulo! Um espaço que reúne moda, fotografia, oficinas e workshops.
Desafio da carreira?
Desafios são diários neste nosso concorrido mundinho fashion. A Ana Beatriz Barros foi um grande desafio. Ela era uma new face muito tímida, mas mesmo assim foi finalista do Elite Model Look, em 1996.
Conte uma história engraçada.
A descoberta do Márcio Garcia. Ele namorava uma menina que era minha modelo e estava no estúdio fotografando. O Márcio foi buscá-la e quando eu o vi, disse: “Opa, você tem que entrar na foto!” Ele resistiu um poquinho (risos), mas aceitou. Outra história é a do Cauã, quando era bem new face e desfilou com o Zulu. Ele começando a carreira ficou ‘todo babando’ pelo Zulu, supertop, dizendo que era fã.
Qual o caminho para ser modelo?
Tem que ter perfil. Muita gente me procura. De 200 candidatos, escolhemos dois ou três. O que dizemos, de brincadeira, é que precisa ter duas coisas: o rosto e o resto! Um rosto que chame a atenção, que seja um cartão de visitas; e o resto, o corpo, cabelo, postura, atitude… É um conjunto de coisas para ter sucesso.
Modelos transexuais como Lea T. qual é o futuro?
Há várias , agora temos também a Valentina Sampaio, que foi capa da ‘Vogue Paris’. O mercado sempre está de olho no que está acontecendo. As trans estão aí dizendo a que vieram.
Em filmes e séries vemos drogas e prostituição no universo da moda. Como é na vida real? Como protegem seus modelos?
As modelos têm muita exposição. Realmente tem que ter muito cuidado porque convites sempre vão surgir. O que a agência faz é proteger estas meninas de certas roubadas.
Um beijo e um sonho?
Beijo aos leitores do DIA. Sonho, achar a próxima top model.